sábado, 18 de dezembro de 2010

arco-íris nublado

Já diziam poetas, é quando escrevo, que desabafo. desabo. viro do aveso, ou seria o certo e o outro o aveso. Perdoem minhas palavras, os erros de concordância, escrita reta, problema dos fracos, aqueles poucos que amam.

Cansei. cansei de mim, de coração. não sei mais quem sou.
Esses ultimos dias estou percebendo no que me tornei, estou me tornando, não sei.
É que existem pessoas que arrancam o pior de você. Veneno, vampiros provavelmente diriam. Mas é tudo tão suave, natural até me parece. Me transformo em vinho, sorriso malícia, embriagada de uma atenção que no fundo nem é minha, disso eu sei. Não se faz nem esconder, te mostra em palavras que não é você. Declara seu amor a outros, faz uma jura sem fim... depois se vê sozinho e volta pro meu, ou melhor pro seu. Difama-me a outros, declama-me em fogo, se quer livre, se quer dela, quer ela, mas só tem a mim. Só, viu o que falo? já não sei quem sou. Nunca fui assim. Jogada aos trapos esmolando atenção. Era o próprio arco-íris, era certa de mim, era vento, era livre, enjoava de tudo mas nunca de mim. Não me livro do vício, calculo palavras.. gestos, procuro com os olhos, olho. Já me reneguei, tentei fazer como sempre fiz, procurei outra brisa, mas as brisas tem fim, não grudam não apegam, me repetem, me enjoam, não me tem, não assim. Ai eu volto, olho, olho de novo.. penso que sou forte, caio nas minhas fraquezas em palavras fáceis, sempre acho que consigo. dai choro, caio em mim, escrevo. Mas é certo, enjoei de mim.
Brigo com Deus, porquê tem de ser assim. Não amo, mais quero pra mim. A mentira que criei, já sou eu, porque me apego e me engano, achando que conheço tudo... me traio. Meu arcó-íris virou nublado, já não chama atenção, se parece fácil, comum, diário. Envolto na nebulosa que consome, adoece, chora. E novamente chora, mas sempre volta, se trai e volta.

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